Arquitetura de legado

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O arraia gigante, na primeira imagem deste post é Centro Aquático Olímpico de Londres, como vai ficar depois de terminado os Jogos de 2012. Durante a competição, uma estrutura temporária, com milhares de acentos adicionais, será erguida, com prejuízo mínimo para o belo desenho arquitetônico do complexo de duas piscinas.

 

 

 

stone_towers_zaha_hadid_architectsO projeto é do escritório do arquiteto Zaha Hadid, priorizando o legado. Depois dos Jogos de 2012, o grande espaço, com mais de 17 mil acentos, perderá 2,5 mil cadeiras, prevendo a dura realidade que se reserva a esses grandes espaços olímpicos, no pós-evento. Aliás, Londres definiu essa estratégia, depois de escolhida pelo COI, em 2005. O projeto apresentado na eleição da sede, numa disputadíssima sessão de Singapura, tinha as arquibancadas permanentes (na primeira foto menor, que pode ser ampliada com clique), ainda que tenha sido desenhado pelo mesmo escritório de Zaha Hadid, um dos mais conceituados arquitetos do mundo (que faz desenhos premiados mundialmente, como essa segunda foto menor).

Na planta do Rio, um parque aquático que desnivela a altíssima qualidade dos projetos arquitetônicos dos últimos Jogos, notadamente no Cubo D’Água de Pequim e nessa arraia de Zaha. Um vídeo (abaixo), só agora postado pelo site Around The Rings, em sua conta no Youtube (com grupo de vídeos produzidos pelo Co-Rio, sem edição, que seriam usados na apresentação de Copenhague), mostra que um efeito de luz dará uma atmosfera de cascata, na fachada de vidro do centro do Rio, o que não influi tanto, positivamente.

O projeto brasileiro é da BCMF Arquitetos, um escritório de Belo Horizonte, que tem o Complexo de Deodoro no seu portifólio e que assina, de resto, os mais importantes equipamentos do plano da Rio 2016, como é o caso da Vila Olímpica.

O que aconteceu em Londres serve para entender como será o processo brasileiro. COI e Cojo-Rio podem alterar os desenhos arquitetônicos, para não se correr o risco de desinteresse global, diante do nível de excelência que se chegou com os equipamentos olímpicos, erguidos nos últimos anos. Aliás, os ingleses estabeleceram um período, em 2006, para definição de adequações de designer dos projetos vencedores. Trabalhou-se o legado e espetáculo. O estádio olímpico foi outra das profundas mudanças estabelecidas, a partir do modelo original (piorado, por sinal e que discutiremos depois).

Mas não há dúvidas que arquitetos brasileiros e grandes escritórios do mundo farão desenhos aperfeiçoados do modelo que venceu em Copenhague (abaixo).

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2 Respostas para “Arquitetura de legado

  1. Anderson Robinson

    Concordo com essas melhorias nos projetos das instalações e tenho certeza que ocorrerão. Só tem que se ter cuidado com os estouros de orçamento.

  2. Zaha Hadid é do Sexo Feminino!

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