Arquivo da tag: direitos de tv

ESPN mais latina

Hoje, o COI divulgou nota confirmando acordo com a ESPN para transmissão dos Jogos de 2010 e 2012 para Argentina, em canal aberto, e para outros países da América do Sul, em canal fechado (o que excluí o Brasil, cantratado pela Record).

Como de costume, os valores não são anunciados, mas a Associated Press especula que o negócio foi sacramentado pela pechincha de 10 milhões de dólares. Pelos mesmos eventos – Vancouver 2010 e Londres 2012, a Record pagou 60 milhões de dólares, com direitos só para o Brasil.

Mas a ação da ESPN mostra uma tendência para os próximos anos, na disputa por direitos. Como mostra a mesma AP, no despacho linkado acima, os direitos para a América do Sul têm sido repassado a uma entidade criada só com essa finalidade coorporativa, a OTI – Organización de Telecomunicaciones Iberoamericanas.

A OTI mantinha os contratos com o COI desde 1992 – Jogos de Barcelona. No Brasil, Globo e Band eram associadas e podiam repassar direitos. O organismo pagou 29 milhões de dólares pelos Jogos de 2006 e 2008 para toda a América Latina, para qualquer plataforma de transmissão, e nunca mais essas sifras serão tão modestas.

O COI resolveu negociar país a país, dentre os mercados mais fortes, o que pegou a acomodada Globo de surpresa, após a jogada da Record, por Vancouver e Londres.

A ESPN foi criada em 79 e essa é a primeira vez que a empresa da Disney consegue os direitos de forma direta para transmitir os Jogos Olímpicos.  A agência AP, apesar de informar a primazia, registra que uma subsidiária da multinacional na Ásia, a ESPN Star Sports, havia adquirido 2010 e 2012 para alguns países, anteriormente.

O presidente do COI, Jacques Rogge, nota uma movimentação mais promissora e divulgou a seguinte frase: “Estamos satisfeitos ao anunciar esse acordo com a ESPN e aguardamos com interesse por esse trabalho com eles”.

Para entender a entrelinha, basta dizer que a ABC e a ESPN, do mesmo conglomerado Disney, estão no páreo para o leilão pelos Jogos de 2014 e 2016, que deve ocorrer só depois de Vancouver. Em post anterior, já havia especulado sobre a sanha da ESPN e da possibilidade de, pela primeira vez, a ESPN fechar um pacote para toda a América, nos Jogos do Rio. Seria uma estratégia com a mesma ambição que tem sido tendência no COI, com se vê nos últimos lances das disputas por direitos.

Os direitos de TV fechada para o Rio, são da Globo/Band, que podem repassar à ESPN local. Nenhum outro país das Américas já fechou acordo para transmissão de 2016.

Record flerta com Band

A Record, como se sabe, garantiu os direitos de transmissão, com exclusividade, para os Jogos Olímpicos de 2010 (Vancouver) e 2012 (Londres), além dos Jogos Pan-americanos de 2011 (Guadalajara, no México) e de 2015 (em que a sede será definida nesta sexta-feira). A emissora vendeu os direitos para TV fechada, mas mantinha a política de tratar como exclusivo, a transmissão na TV aberta. Pelo que consta na coluna Radar, da Veja, a rede tem mudado de idéia.

Pela nota do Radar, a Record avalia a possibilidade de ceder os direitos à Band, para os Jogos Pan-americanos. Ainda não se fala em negociar o Jogos de Vancouver ou Londres, na TV aberta, mas a emissora detentora descarta negociar com a Globo. É bom lembrar que todos esses eventos, garantidos com exclusividade, já foram repassados pela Record para Sportv e Bandsports, para transmissão em sinal fechado.

Nesse sentido, a Sportv pode superar a audiência aberta, no início do próximo ano, quando da transmissão dos Jogos de Inverno. É que, também em apuração da coluna Radar, em outra nota, a Record irá enviar 80 profissionais para Vancouver, no Canadá, mas o grosso da produção será exibida no Record News, canal presente só em algumas praças brasileiras. Como o evento é pouco popular, no Brasil, a emissora “mãe” não quer arriscar.

Ainda assim, os dirigentes da Record querem demonstrar forte comprometimento com o olimpismo. A emissora enviou para Guadalajara, no México, onde acontece a assembléia da Odepa, organização que administra o Pan, sua principal repórter especial, ex-apresentadora do Jornal da Record, Adriana Araujo. (E segue a reportagem do Portal R7.)

A reportagem mostrou que o bispo Honorilton Gonçalves, segundo nome, na hierarquia da emissora, atrás apenas de Edir Macedo, estava no México para acompanhar a assembléia da Odepa, prometendo uma emissora agressiva, principalmente, na formação de equipe esportiva.

Vislumbrando o mercado, é possível ver um único caminho pra se engrossar o magro quadro esportivo da emissora: com um assédio estratégico ao time da Sportv. Fosse Honorilton, contrataria o maior nome da emissora fechada do grupo Globo, como o Milton Leite, por exemplo, e já seria meio caminho andado.

Pelas falas de Honorilton e o empenho de circular pessoalmente pelo universo da cartolagem, a Record aparecerá, em breve, com sagacidade.

Em fevereiro, a emissora anunciou o desligamento de Eduardo Zebini, então responsável pelo departamento de esporte. Sérgio Hilinsky, ex-Globo, assumiria um posto de coordenação. Aparentemente, a direção geral da emissora coordena tudo, nesse momento. O blog Canal 1 não gostou daquela troca, fazendo referência às conquistas de Zebini, que teria sido o grande negociador para as exclusividade olímpicas da Record.

A presença de Honorilton no México pode sinalizar para um maior comprometimento da emissora. Em silêncio, nos corredores da cartolagem, a Record continua incomodando. Semana passada, ofereceu mais pelos torneios internacionais de vôlei, mas a Federação Internacional manteve a Globo no contrato, pelas condições e promessas de visibilidade do esporte.

Como se vê, dinheiro, a Record tem. Falta uma melhor estratégia de comunicação.

Dinheiro limpo

O COI divulgou ontem que a Visa extendeu sua parceria com a entidade até 2020, o que confirma o sexto patrocinador TOP para a Olimpíada do Rio, em 2016. A notícia é tão mais importante se analisado o fato de que essa é uma das arrecadações a que o Comitê Organizador dos Jogos também tem direito. A fatia para as obras da cidade brasileira, seguindo as projeções históricas, pode ser a maior e significará bilhões de dólares, em recursos diretos.

Em linhas históricas, o que pouca gente tem observado, é que patrocinadores e TV podem render bilhões para a gestão dos Jogos. Os números do marketing do COI podem ser consultados em seu relatório de domínio público, com dados até a Olimpíada de Pequim, e servem para constatar o porquê dos concorrentes do Rio projetarem pouco gasto público, diante desse tipo de receita limpa. Na cidade brasileira, só se prevê maior intervenção governamental, em razão da conhecida deficiência estrutural, ainda na comparação com Chicago, Tóquio e Madri.

No caso dos patrocinadores top, como são chamados os anunciantes com longos contratos mundiais com o COI, 50% da receita é direcionada ao Cojo – o Comitê Organizador dos Jogos. Os contratos são feitos por quadriênios e a divisão também atende às olimpíadas de inverno, em percentual desconhecido.

O TOP Programme – em sigla em inglês para programa dos parceiros olímpicos ou The Olympic Partners – foi criado em 1985 e viu suas sifras se multiplicarem por 10, desde então. Do quadriênio Calgary/Seul ao Turim/Pequim, houve um salto de receita de US$ 96 milhões para US$ 866 milhões, com doze parceiros, no total.

Só para constar, Vancouver 2010 e Londres 2012 contam com nove patrocinadores TOP – Coca-Cola, Acer, Atos Origin, GE, McDonald’s, Omega, Panasonic, Samsung and Visa. Já estão garantidos para o quadriênio Sochi/Rio seis parceirias: Atos, Panasonic, Samsung, Coca-Cola, Omega e Visa.

O Cojo ainda pode fechar negócio com patrocinadores locais e essa promoção doméstica pode render até quase meio bilhão de dólares, como foram os casos de Salt Lake City, Atlanta e Sidney. E o bolo pode crescer, na dependência da gestão brasileira.

Como o COI ainda não expõe os números do quadriênio Vancouver/Londres e Sochi/Rio, a mídia internacional abre um leque de projeções, algumas com aspas de membros importantes do COI.

Já se sabe que os patrocinadores TOP estão pagando entre 900 e 920 milhões de dólares pelo quadriênio Vancouver/Londres e formidáveis 3,5 bilhões de dólares pelos direitos de TV para o mesmo período, sendo 2,2 bilhões somente da NBC norte-americana.

No caso do quadriênio Sochi/Rio, o presidente do COI, Jacques Rogge, afirmou neste mês, que os contratos de TV já somam 920 milhões de dólares. E faltam os principais mercados, como EUA, França, Alemanha, Itália, Japão, dentre outros.

É bom que se registre que, da soma de valores dos contratos de direitos de transmissão (acrescidos dos novos meios, como internet, celulat), 49% são destinados aos comitês organizadores, tendo a adversidade de Atenas, que recebeu 60% da receita, naquela ocasião – 2004.

E especulo sobre a ação da ESPN/ABC, na disputa norte-americana. A emissora pode bater a NBC, com um planejamento diferenciado, como fechar um contrato com transmissão para toda a América, onde só o Brasil já confirmou os direitos. Com a penetração da ESPN nesses outro mercado, avalio que a a ação dessa major pode caminhar pra isso, com todos esses contratos em aberto.

A dinheirama de Chicago

Rupert Murdoch, com 6,8 bilhões de dólares na conta bancária (de acordo com a Forbes), embaralha o processo de escolha da sede olímpica de 2016, na reta final, acentuando a força econômica de Chicago. A carta mais forte nas mãos dos norte-americanos, não é o corpo-a-corpo de seu presidente e sim a aproximação dos bilionários do top 400 da Forbes.

Alguns desses ricos dessa lista quase subjetiva e que vivem num Panteão mais alto que o nível atingido pelos membros do COI são entidades da mídia global, gente que escolhe presidente, sem precisar votar. Pois, se o COI pensar com o bolso, apenas, fica difícil alguém tirar a Olímpiada de 2016 de Chicago.

A tese partiu das poucas palavras ditas pelos principais players da TV americana, que um dia batalharam pelos direitos dos Jogos, em um evento de mídia, ocorrido em Nova York, nesta semana.

Murdoch, o australiano com toda pinta de Crocodilo Dundee (e sua aproximação com os republicanos a comprova), mandão da Fox e subsidiárias, saiu dizendo que os Jogos não o interessa e que voltaria a pensar no assunto só se Chicago for escolhida sede.

Poucas palavras, mas com uma carga dramática que até encobre um pouco o vai-não-vai de Obama. Blogueiro da Reuters acredita que os executivos donos dessa dinheirama toda vão continuar subvalorizando a marca olímpica, até a definição de Copenhague. O Media Daily News até antevê um grande embate entre a atual detentora dos direitos de transmissão, a NBC (que tem 2010 e 12), e o grupo Disney, que tem ABC e a ESPN, no catálogo. A Olímpiada poderia modar de mãos, 20 anos depois.

Mas o problema maior, veio com a chantagem de Murdoch, uma personalidade que sempre levou polêmica para as salas de reunião do COI. Michael Payne, conta em seu “Virada Olímpica” a grande decepção do australiano que, talvez, possa justificar seu distanciamento seguinte.

O registro de Payne mostra como a ambição de Murdoch teve seu auge, na definição dos detentores de direitos de transmissão dos Jogos de 2000, justamente em Sidney, na sua Austrália natal. O plano de um dos homens de mídia mais conhecido era o de garantir o direito de TV para todo o mundo, num só pacote, por 1 bilhão de dólares. E Samaranch balançou.

Murdoch negociava, pessoalmente, com a cúpula do COI, mas Samaranch não quis decidir sozinho. Dick Pound foi chamado e levou a proposta para a NBC que deu o lance mais certeiro de todas as licitações olímpicas acompanhadas por Payne. Dick Ebersol, mago da rede que ainda transmite Olímpiada até hoje, foi chamada para apresentar a proposta e o lance chegou aos 1,25 bilhão de dólares, com um diferencial: além de Sidney, a NBC também levou Salt Lake City, os primeiros jogos de inverno transmitidos pela emissora.

A jogada de Ebersol e cia. desmotivou, para todo sempre, não só a volúpia de Murdoch, mas também a própria CBS, que fez fama com a transmissão de Olímpiada de Inverno.

Depois disso, os pacotes viraram carta do jogo licitatório do COI. A NBC, e a visão única de Ebersol, aproveitou a aproximação com os cartolas, naquele meado de 1995, e alimentaram uma idéia que parecia sonho: porque não negociar os três jogos seguintes – 2004,2006 e 2008, sem que as sedes ainda tivessem sido escolhidas?

“Em dezembro de 1995 foi anunciado o maior acordo de transmissão por uma rede de TV na história esportiva (na época), com a NBC pagando 2,3 bilhões de dólares para os três jogos seguintes [ao de Salt Lake City]. Em menos de cinco meses, a NBC havia comprometido mais de 3,5 bilhões de dólares em honorários por direitos olímpicos. A cara do mercado olímpico para a TV havia mudado para sempre. As outras redes estavam atônitas.”

210 milhões de dólares

(COM POSPOST, AO FIM)

O COI acaba de anunciar a venda dos direitos de transmissão dos Jogos de 2014 e 2016 para o Brasil (aqui, o release, em inglês). Ficou como foi antecipado pela mídia. A Globo venceu a disputa, mas não pediu exclusividade, na TV aberta, tendo se associado à Bandeirantes. A Record também está confirmada, com os direitos de TV aberta. TV fechada e outras mídias (rádio e web) ficaram com a Globo, em exclusividade.

A Associated Press acaba de informar (aqui, na reprodução do USA Today) que o negócio conjunto rendeu 210 milhões de dólares para “Movimento Olímpico”. O despacho ainda mostra que o Co-Rio irá se aproveitar do anúncio, mostrando como é evidente a força econômica brasileira. O salto do último negócio, fechado pela Record, de 60 milhões de dólares por 2010 e 2012, para 3,5 vezes mais, comprovaria o fôlego do Brasil e deixou o COI com os olhos brilhando.

O presidente do COI, Jacques Rogge, limitou-se a dizer, no release da entidade, o que segue:

“Este é um importante anúncio, não só pelo COI, mas pelo Movimento Olímpico, como um todo. Os brasileiros poderão aproveitar de uma cobertura sem precedentes dos Jogos Olímpicos em 2014 e 2016. O acordo também representa um aumento importante na receita do Movimento Olímpico, que será redistribuído para ajudar a desenvolver e promover esportes olímpicos em torno do mundo.”

Mas o release segue com palavras mais importantes do membro do COI, Richard Carrión, o porto-riquenho que tem se confrontado com o comitê olímpico norte-americano, o Usoc (que pretendia lançar um canal pago de esportes olímpicos e minar o contrato da NBC).

Carrión, que conduziu a negociação com os brasileiros, deixou claro a satisfação, com um agradecimento “pessoal”, na seguinte declaração:

“Esse é um anúncio sem precedentes e eu gostaria de agradecer, pessoalmente, a todas as partes envolvidas na negociação. Trabalhando com as principais organizações de mídia do Brasil, nós estamos confiantes que isso representa um grande negócio para os fãs olímpicos, na região. Haverá um grande aumento na quantidade de transmissão da ação olímpica, durante e fora do período dos Jogos. Os brasileiros terão mais opções de escolher como, quando e onde acompanhar as Olímpiadas.”

Roberto Irineu Marinho, poderoso da Globo, falou de “inovação”, ao não exigir exclusividade. João Carlos Saad falou, pela Band, da longa parceria com o COI. Alexandre Raposo, presidente da Record, reafirmou o compromisso da sua rede de apoiar o Movimento Olímpico.

Óbvio, o teor do documento não foi conhecido, sem que soubéssemos de valores e exigências contratuais, como a quantidade de horas no ar etc.

Pospost: O despacho da AP começa a ecoar forte. Em espanhol, a Univision (canal norte-americano que transmite os Jogos) acrescentou outros trechos da nota da agência, não reproduzidos pelo USA Today. O detalhe maior (aqui) fica por conta da matemática financeira da proposta conjunta das redes: serão pagos 170 milhões de dólares pelos direitos de TV e mais 40 milhões pelos “pacotes promocionais”. Além disso, veio toda a declaração do Carlos Osório, número 2 da campanha do Rio: “Esse é um dia muito positivo para o Rio. Durante a crise econômica (mundial), o Brasil foi o único país que pôde apresentar uma proposta, assim, de força. Demonstra que a economia é muito estável”.

A batalha de agosto

Como disse, a repercussão sobre os direitos de transmissão, no Brasil, dos Jogos de 2016, permanecerá por dias. Radar Online, hoje, colocou os pingos nos is, e refinou sua nota inicial, com as informações mais precisas (abaixo).

Na Folha, o Edurado Ohata, no caderno Esportes, foi além, nos bastidores, para dizer (aqui, na distribuição da Folhapress, em mesmo material publicado no impresso) que, para a Record, “a divisão dos direitos entre várias TVs abertas, repetindo o que ocorrera no Pan do Rio, há dois anos, é visto como indicação de que a candidatura carioca à Olimpíada de 2016 será bem-sucedida”.

Outra revelação importante do Ohata: “Enquanto, nas últimas semanas, Globo e Record veiculavam em suas programações pesadas denúncias uma contra a outra, duas rodadas de negociações ocorreram com o COI.”

Como havia especulado antes, o bate-boca entre Globo e Record teria muito a ver com o a disputa na mesa do COI. Os ataques até diminuíram, encerrando a batalha de agosto, após o leilão dos direitos terminar.

O Globo não disse vírgula, sobre o assunto, direcionando a pauta da edição de hoje para a disparada dos votos dos internautas brasileiros, na enquete do GamesBids.com (aqui, na mesma matéria que foi impressa). E essa, já sabíamos que seria fácil de vencer, porque brasileiro não perde em votações online.

Jornal do Brasil e O Dia nada disseram.

Lauro Jardim, no blog Radar Online, da Veja (aqui), sintetizou melhor o embate de agosto, hoje, em duas notas:

O Terra sobrou… | 11:12

Com a divisão dos direitos de transmissão das Olimpíadas de 2016 entre Globo, Record e Band, o único interessado no evento que ficou de fora foi o portal Terra. O Terra havia surpreendido o mercado ao apresentar ao COI uma proposta que previa até a exclusividade na transmissão de televisão aberta. Mas, no fim, não levou nada. Os direitos de transmissão por internet, celular e televisão paga ficaram com o consórcio Globo-Band.

…e o COI faturou | 11:11

E o maior vencedor nesta disputa foi o COI. Com a aceitação da alta proposta feita pelo consórcio Globo-Band, que não previa exclusividade, o comitê olímpico ficou com a Record na mão. Ou ela aceitava dividir a transmissão – dando mais um bom montante de dinheiro para os cofres da entidade – ou saía como derrotada na disputa. Aceitou dividir.

Globo 2016

Furo do Radar Online, blog da Veja.com, assinado pelo Lauro Jardim (aqui, para que não reste dúvidas):

Televisão

Globo garante Olimpíada de 2016 | 14:01

A Rede Globo se associou com a Band e venceu a disputa pelos direitos de exibição das Olimpíadas de 2016, que poderão ser no Rio de Janeiro. Atualmente, essa era a disputa mais importante entre a Globo e a Rede Record, que havia garantido a exibição dos jogos de 2012.

A nota do Radar, publicada há meia hora, tem proporções inimagináveis. A repercussão virá por dias e as duas emissoras devem se associar, a partir de agora, com uma mobilização global (daí, até que a gente confirme a verdadeira força da Globo), à campanha do Rio de Janeiro pelos Jogos de 2016. Isso porque uma Olímpiada na casa da Platinada, valerá infinitamente mais.

A candidatura do Rio toma novos rumos.

Pospost: Lauro Jardim acaba de alterar o teor da nota original, descrita acima. Então, fica assim:

Globo, Record e Band transmitirão os Jogos | 15:13

Os Jogos de 2016, que poderão ser no Rio de Janeiro, serão transmitidos pela Globo, pela Record e pela Band. O Comitê Olímpico Internacional decidiu não concentrar a exibição na mão de uma só emissora, pondo fim à disputa pela exclusividade da transmissão entre a Globo e a TV Record, que dois anos atrás garantiu o direito de exibir sozinha os jogos de 2012.

A proposta da Globo e da Band foi feita em conjunto e não pedia a exclusividade ao Comitê Olímpico Internacional. A Record apresentou sua proposta separadamente e também foi aceita.