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Os criadores de problema

Na mídia, o saldo sobre o encontro entre os presidentes do Comitê Olímpico dos Estados Unidos (Usoc) e do COI, no fim de semana, é mesmo favorável a Chicago. A entidade norte-americana, recuou, por ora, na intenção de lançar, ainda em 2010, um canal pago sobre os esportes olímpicos. O lance de prudência era até esperado e a grande discussão que segue ao anúncio do acordo é se todos os membros votantes que decidirão qual cidade sediará os Jogos de 2016 engoliram essa aparente moderação dos criadores de problemas.

A agência AFP (aqui, em inglês) deu o despacho mais equilibrado, ouvindo dois membros do COI, não identificados. O primeiro até pondera que as “asneiras do Usoc têm custado caro a Chicago”, o que dá o tom de desastre, nas negociações levadas pela entidade norte-americana, até o fim de semana. Mas esse mesmo votante analisa que alguns eleitores estão cegos para os acertos dos últimos dias e “só veem os americanos como criadores de problemas e que, obviamente, os fatos terão impacto no voto”.

A outra fonte ouvida ameniza e vê que o movimento de domingo pode ser visto, possivelmente, como um gesto de conciliação (ou “olive branch”).

No Chicago Tribune, o jornalista especializado Philip Hersh, que já declarou ser favorável ao novo canal (aqui, em histórico), viu um passo importante do Usoc, em favor da candidatura norte-americana, embora a marca de discórdia do comitê nacional com o COI parece ser algo intransponível. O enviado a Berlim só ouviu os norte-americanos e tentou contrabalancear a nota com o histórico extremamente desfavorável a Chicago.

No informe do Tribune (aqui), é visto que a negociação, na Alemanha, foi costurada entre os presidentes das duas entidades e não se falou na intermediação do porto riquenho Richard Carrion, da Comissão de TV, que tem atacado o Usoc, sem piedade. Hersh também lembra que muitos membros do COI querem ainda diminuir a cota de receita publicitária repassada aos norte-americanos. Para o comitê internacional, esse é o melhor momento para pressionar os defensores de Chicago. Eles darão tudo que a entidade maior pedir, ainda que a moeda de troca não seja tão garantida, no 2 de outubro.

O foco

O Comitê Olímpico dos Estados Unidos (Usoc, em inglês) mandou um recado hoje, em nota assinada por Stephanie Streeter, chefe da Executiva da entidade que tem dívida a pagar com a candidatura de Chicago (a nota completa, em inglês, aqui). O Usoc deu um basta nas especulações de futuras candidaturas para sedes olímpicas e disse que o foco, no momento é por Chicago 2016.

Isso tudo, segundo o Los Angeles Times (aqui, em inglês), para impedir que as futuras pretendentes a sede de 2018 (nos Jogos de Inverno) e 2020 (Jogos de Verão) atrapalhem a proposta atual de Chicago, por 2016, sendo que a vitória dessa cidade americana impediria outra indicação num futuro próximo.

O LAT achou que a coisa estava ficando complicada, com o assanhamento de uma cidade do interior dos Estados Unidos, Tulsa, que fica em Oklahoma, com 387 mil habitantes e que já montou até comitê por 2020 (as linhas gerais da campanha, aqui). A cidadezinha quer ser a nova Atlanta.

Acontece que, no geral, todas as propostas de candidatas para os Jogos Olímpicos e Copa do Mundo mexem com o balaio da geopolítica que só favorece o Rio, até o momento. A cada anúncio de pretendentes, a reação negativa nos comitês por 2016 é sentida de imediata. Munique anunciou 2018 e Madri tremeu. Harbin, na China, mostrou interesse por 2018 e Tóquio refez as contas dos votos asiáticos.

Nos Estados Unidos, a briga é mais ferrenha. São sempre muitas cidades interessadas e o Usoc define a única postulante norte-americana, tal como aconteceu no Brasil, na definição entre São Paulo e Rio. Abaixo, listo as interessadas e toda especulação da mídia, para os próximos Jogos e Copa.

Olímpiada 2018
Harbin – China
Munique – Alemanha
Genebra – Suíça
Annecy – França
PyengChang – Coréia do Norte
Tromso – Noruega

Olímpiada 2020
Dubai – Emirados Árabes Unidos
Tulsa – EUA/Oklahoma
Pittsburgh – EUA
Minneapolis – EUA
Detroit -EUA
Birmingham – EUA/Alabama
Durban – África do Sul
Delhi – Índia
Roma – Itália

Copa 2018
Bélgica/Holanda
Inglaterra
Rússia
Portugal/Espanha
Estados Unidos
México
Indonésia
Japão
Austrália

COI x USOC: com calculadora na mão

O site Sportsbusiness Journal (aqui) publica o orçamento do COI e joga luz sobre as razões da fúria dos executivos da entidade sobre as intenções do Comitê Olímpico dos Estados Unidos (Usoc). Os números que alavacam os lucros, reproduzidos abaixo, justificam o embate, segundo um dos principais especialistas em jogos olímpicos, Philip Hersh, do Los Angeles Times.

No seu blog (aqui), Hersh aponta as sobras orçamentárias, só possíveis graças aos desembolsos da NBC, correspondente a 51% da receita de direitos de transmissão, em 2008. O resultado fiscal do ano passado é, portanto, de US$ 383 milhões, no azul, ante os US$ 228 milhões de lucro, em 2004.

A NBC desembolsou US$ 894 milhões somente em 2008. Qualquer redução nesses repasses pode representar um risco orçamentário para o COI, que tem tentado, inclusive, revisar as cotas dos comitês nacionais, que são listadas abaixo como doações. O Usoc recebeu “apenas” 138 milhões de doláres, em 2008, e não é difícil imaginar que os norte-americanos acreditam que podem fazer muito mais dinheiro com um canal próprio de TV.

O Usoc recebe cerca de 4 milhões de doláres de seus patrocinadores fixos, que eram 17 antes da crise. Com a queda de publicidade e o COI ameaçando com mais cortes, o comitê americano viu a necessidade de uma reação. Com o canal, o Usoc vende a ideia de expor os patrocinadores todas os dias do ano e não só em períodos sazonais.

Na ponta do lápis, não se sabe qual a melhor solução para o problema. O COI ficaria com o prejuízo, já que a NBC não pagaria tanto, se perder a exclusividade? Qual a melhor equação para o impasse? Com Chicago derrotado, a situação estaria resolvida? Pode ser que não. O Usoc continuará pressionando, seja qual for a sede.

No site da Comcast (aqui), parceira do Usoc, na implantação do novo canal, foi divulgado o acordo, que é de multiplataforma – pra TV, celular, internet… Na página do Usoc (aqui), a espertise falou mais alto: o comitê colocou dezenas de depoimentos da “família olímpica”, em favor do novo canal. Federações de esportes com pouco espaço na TV são os que mais comemoram.

Finança do COI
Receita 2004 2008
Direitos de transmissão $1.49 billion $1.73 billion
Marketing $292 million $436 million
Outros $18 million $234 million
Total de receita $1.8 billion $2.4 billion
Gastos 2004 2008
Total de doações $1.5 billion $1.77 billion
Games-related expenses $68 million $86 million
Salários $45 million $55 million
Outros $13 million $109 million
Total de gastos $1.6 billion $2.02 billion
Receita menos gastos $228 million $383 million
Source: IOC tax records and combined financial reports

Toda tensão de volta à mesa

O site da revista Time levanta uma questão importante sobre o embate entre o Comitê Olímpico dos Estados Unidos (Usoc) e o COI, em relação aos direitos de TV. Em reportagem disponibilizada hoje (aqui, em inglês), a revistona norte-americana sugere um único caminho conciliador para a entidade menor, ainda apostando no favoritismo de Chicago, na disputa pelos Jogos de 2016.

É lendo a Time que ficamos com os pés mais fincados, a respeito das possibilidades brasileiras, nessa disputa.  Hoje, o Rio pode ter uma pequena vantagem mas, se quiserem, os americanos viram o jogo, no momento que quiserem, se considerarmos os prognósticos da revista.

A Time traça um perfil curioso do COI, dizendo que seus membros são isolados . Mas sabem da força econômica que faz brilhar os olhos desses mesmos cartolas. A escolha pela sede olímpica tem viés financeiro e, mesmo com todo o esforço (e gasto promocional) do Rio, Chicago tinha mesmo a preferência da cúpula olímpica (ainda mais se vermos as declarações do dirigente da NBC americana). Até que surgiu o Usoc.

Para a Time, o Usoc precisa fazer dinheiro, neste momento, após a perda de patrocinadores importantes, como a The Home Depot, a General Motors e o Bank of America, todos atingidos pela atual crise econômica. Mas a ideia do canal por assinatura sobre esportes olímpicos é combatida, em um primeiro veículo de comunicação, por não garantir saúde financeira ao Usoc.

Muito pelo contrário, segundo a Time: o Usoc teria muito mais a ganhar com a vitória de Chicago, concluindo, em seguida, porque um canal com esse perfil, em meio a recessão, não atrairia novos assinantes. “Quem iria querer ver taekwondo ou tênis de mesa, em uma tarde de sábado?”

A Time vê também um campo de batalha para que o Usoc restabeleça sua força, junto ao COI, que pretendia cortar a faixa de lucro da entidade, na divisão dos contratos com as empresas norte-americanas. A revista até pergunta porque o comitê nacional não discutiu os planos com o COI antes do anúncio de acordo com a Comcast; ou mesmo porque o Usoc não fez o lançamento do novo canal, após a eleição de outubro. Para pressionar o COI, subentende-se.

Daí, a sensação de que um acordo entre o Usoc e o COI, às vésperas da eleição de outubro, pode fazer Rio, Tóquio e Madri subirem no telhado. O comitê americano, já se sabia de muito tempo, é a única pedra no sapato da entidade máxima (tem também a sisma de que o americano é arrogante, por excelência, o que fez Nova York perder feio, na última disputa por sede). O Usoc vem incomodando a cúpula olímpica e, como disse a Time, “toda a tensão está de volta à mesa”.

Direitos (pressão) de TV

A TV é a ponta de lança do COI, quando o assunto é negócio e tem sido uma das maiores fontes de renda da entidade, se não for a maior, observado os padrões de arrecadação das últimas três décadas. Michael Payne, que já atuou no marketing dessa organização, no momento de sua maior expansão, na virada dos anos 80 para os 90, é autor de “A Virada Olímpica” (Casa da Palavra, R$ 53,90, na FNAC) e fala da reviravolta do movimento olímpico com uma paixão indescritível. Primeiro, porque ecoa o sucesso de seu trabalho. Depois, porque leva ao conhecimento do leitor toda a sorte de gestão que resultou na imponência do COI e que tem garantido disputas acirradas de países que se pretendem sedes olímpicas. E os direitos de transmissão, segundo ele, é o viés dessa conquista.

Michael Payne endeusa o espanhol Juan Samaranch, presidente da entidade entre 1980 e 2001, e também joga confetes pra cima de Dick Pound, que presidia a comissão de Marketing e de Direitos de TV, justo o canadense (ainda membro do COI) que, vez ou outra, tem vaticinado a vitória de Chicago, para ser sede de 2016. Payne fala de como os direitos de transmissão dos Jogos saltaram para negociações de dez dígitos, para além dos dois bilhões de dólares, até. Mostra como as negociações são levadas por poucos do COI, que batem martelo sobre condições subjetivas para as escolhas das propostas.

Tanto é assim que a Rede Globo se viu surpreendida pelo contrato da Record para os direitos de transmissão de dois Jogos – de 2010 e 2012. E foi assim, nos idos dos anos 80 e 90, na extraordinária briga entre as majors americanas NBC e ABC, retratada pelo livro de Payne. Ele circulava nos bastidores e viu muitos executivos de emissoras enlouquecerem.

As propostas eram impensáveis e catapultou o marketing olímpico – embora seja difícil dizer, nesse caso, qual terá vindo antes: marketing ou demanda. Com os pagamentos de direitos nas alturas, não foi só uma vez que tais emissoras fecharam no vermelho, ainda que tenham sido prejuízos calculados, com a velha história de agregar valor. Nessa corrida, a NBC tem enfrentado a ABC, desde o episódio para se definir a transmissão dos Jogos de Seul, de 88, que custaram mais de 300 milhões à segunda.

Payne conta como, de repente, os Jogos passaram a valer bilhões para a TV e de como as transmissões consolidaram-se como chave do negócio e propulsão do movimento olímpico. A TV é parte importante do show dos Jogos e o COI, se sabe pelo livro desse marqueteiro, passou por períodos de temeridade, com os aumentos excessivos dos direitos. A entidade começou a cobrar outros compromissos das TVs, temendo quebra de contrato, por falta de capital, o que elevou a subjetividade de todo o processo de seleção. As redes passaram a participar das mudanças do organismo e supõe-se, são mesmo influentes na escolha das sedes olímpicas.

Payne também conta como foram as negociações para os Jogos de 2010 e 2012 e como o Usoc – Comitê Olímpico dos Estados Unidos – tentou atrapalhar o acordo com a NBC. Está no livro: “Depois de mais alguns ataques teatrais de raiva, os representantes do Usoc finalmente foram convencidos. Á uma e meia da madrugada, as lideranças do COI e da NBC reuniram-se novamente para uma teleconferência global, para o anúncio de que a NBC conquistara os direitos de transmissão para os Estados Unidos dos Jogos Olímpicos de 2010 e 2012 – atingindo uma série de 24 anos ininterruptos de conquista dos direitos dos Jogos de Verão”.

Payne, ainda marqueteiro do COI, dos principais participante dessas negociações, relata o momento chave que pode nos remeter as complicações atuais: “A estratégia apresentada a [Jacques] Rogge um ano antes agora produzia seus frutos. Não estávamos satisfeitos apenas por causa do imenso valor monetário envolvido. Havíamos conseguido persuadir a NBC entrar de cabeça na estratégia de marca do COI – criando uma parceria única e nova para o futuro e um outro patamar de benefícios. Sabíamos que havíamos estabelecido um novo referencial de excelência para a indústria”.

“Um tema recorrente, nas últimas décadas tem sido as tentativas constantes do Usoc de reclamar uma fatia cada vez maior dos honorários de direitos de transmissão para os Estados Unidos [que eram de 12,5%, no registro do livro]. Desde os Jogos de Inverno de 1980 em Lake Placid, o Usoc argumentava que deveria ter direito a uma fatia direta dos honorários norte-americanos, primeiro tentando persuadir o COI da legitimidade de sua reivindicação e, sempre que a tentativa falhava, esforçando-se para persuadir o Congresso norte-americano a considerar uma legislação especial para assumir o controle dos direitos de transmissão no lugar do COI.”

Os americanos sempre pagaram mais pelos jogos. No início da gestão de Samaranch, de tudo que se arrecadava com as transmissões, 85% saíam dos cofres das TVs dos EUA (correspondente a 80% da receita total). Agora, essa conta já é de 50% para Jogos de Verão e de 30% de toda receita do COI.

Enfim, tento, aqui, traçar os bastidores das negociações de contratos de TV, no COI, mas só ficará claro a importância do momento, quando lido o livro de Payne. Só de se constatar que o Usoc sempre usou tática de guerrilha contra a matriz já valeria a leitura. Sabemos, definitivamente, que a intenção de se implantar uma TV por assinatura, em confronto direto com a NBC, altera sim o curso da história.

Payne, em seu livro, cita todos os nomes que estão na mesa, neste instante:

Dick Pound que, durante a gestão de Samaranch, ficou à frente das decisões sobre os direitos de transmissão, é um defensor de Chicago. Ele tem dito que a voracidade do Usoc até é sadia. “Isso é mais exposição para o movimento olímpico. Olhando de forma prática, isso, provavelmente, destacará o valor dos direitos” (leia mais aqui, em inglês). Pound já tentou ser presidente do COI, mas perdeu a eleição de 2001 para Jacques Rogge. Sua voz tem destoado daquela do Comitê Executivo e, ao lado do Usoc, parece querer escancarar a oposição.

O atual coordenador da comissão de TV, Richard Carrión, portoriquenho, não fala a mesma língua que o seu predecessor. Foi Carrión que negociou o atual contrato da NBC e tem dado declarações pesadas contra o Usoc (como as que estão no material do The New York Times, aqui).

Dick Ebersol, dos principais executivos da NBC, é personagem do livro de Payne. Ele está a frente das negociações de mais de 20 anos dessa rede com o COI. Antes disso, foi criador do Saturday Night Live, na mesma rede. Essa figura-chave tem partido para o chingamento, no atrito com o Usoc, inconformado. Foi ele que disse (também no NYT) que Chicago perderá com essa atitude do Usoc.

Enquanto isso, no Brasil, Globo e Record se preparam para concorrer, no próximo mês, ao direto de transmitir os Jogos de 2016, com Rio na disputa. As olimpíadas de 2010 e 2012 são da Record, por 60 milhões de doláres e o Lauro Jardim, da Veja (aqui, com muitos detalhes), aposta que o próximo arremate pode sair por 100 milhões. Parece-me no curso dos anseios dos dirigentes do COI. E o Rio deslisa melhor.

A carta amarela

Lula pegou Obama de jeito (Foto: AFP)

Lula pegou Obama de jeito (Foto: AFP)

Nem precisa dizer muito da foto. Mesmo porque, os dois presidentes não falaram com a imprensa e ficou no ar só uma interjeição do presidente Obama: “Olha isso. Maravilhoso”.

O dia para Chicago não poderia ter sido pior, prevendo-se que será uma imagem que percorrerá o mundo. E, nota-se, o presente foi mesmo uma surpresa para o cerimonial do presidente americano que nem retribuiu a delicadeza, como é de costume, nessa esfera de autoridades. Foi uma grande tacada dos estrategistas do Co-Rio.

Ficou pior

De resto, o dia de Chicago piorou mesmo, com a publicação pelo Chicago Tribune de uma carta do COI, endereçada ao Comitê Olímpico dos Estados Unidos (Usoc, em inglês), com uma forte crítica dos membros da executiva do COI sobre a manobra do Usoc para criar um canal a cabo. As duas entidades trataram do assunto, na última semana, sendo que os americanos teriam quebrado um acordo. Para o COI, a ideia do canal é catastrófica. Quando se mexe no bolso da entidade máxima, as consequências podem ser terríveis. Sendo que é exatamente por isso que Chicago tinha tanta vantagem na corrido por 2016.

“O Usoc escolheu ir adiante, o que colocou a candidatura de Chicago pelos Jogos de 2016 em uma posição complicada,” diz Philip Hersh, do jornalão de Chicago. No seu blog (aqui, em inglês), ele publica a carta e o trecho do estatuto do COI em que trata a questão dos direitos de transmissão e sua comercialização (abaixo, reproduzimos a imagem do Chicago Tribune).

Em outro post (aqui), Philip Hersh enumera os problemas que o Usoc tem levado para a candidatura de Chicago. Mexer com os direitos de transmissão do COI, com a rede NBC, é mesmo o maior tiro no pé dos norte-americanos. Terão que resolver isso em curto tempo e a cúpula da candidatura já dá uma de bombeiro para apagar mais esse fogo, para além das chamas ainda acesas das contas da prefeitura que só fecharão se contribuinte pagar a conta de 2016.

A AP despachou nesta noite, mostrando que o “COI fez uma crítica severa ao Usoc, nesta quinta-feira, por ‘unilateralidade’, lançando sua própria rede de TV, advertindo que esse projeto poderia comprometer a relação com a rede olímpica NBC” (leia aqui, em inglês).

É gravíssimo, o caso. Os planos da Usoc foram apresentados ontem. A NBC tem os direitos de transmissão para o Estados Unidos, até os Jogos de 2012, em Londres, e pagou 2,2 bilhões de dólares pelo pacote, que inclui Vancouver 2010. A grande rede também tinha espectativa de levar o pacote que inclui Sochi 2014 e os Jogos de 2016.

A seguir, a carta:

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